Amanhã, por você - Nicolas Santos

09/10/2016

Levem-a, tirem de mim essa sonolência desastrada, não comparo ou consumo qualquer dose de quaisquer alegria mais, que seja uma fase de anos. Eu amaria-te, caso pedisse. Ninguém pedirá, perco a semana e do lixo jogo o que penso sobre outros tantos lixos, pé arranha, arranha não, pé arranha, edifício cai, pede. Cortem-me a cabeça, quero repousar, feche os olhos até que eles parem de doer, diga-me mais, eu dou-te a palma da mão, programemos o ardor. Preocupe-se, deveras mesmo, não ria da tradição, tradição engrandece-se somente e não para, tantos erros grotescos, preocupe-se. Arriscar comigo não é, embora eu lidere o nome dos que tem sede na alma, entra-se, sai, nunca converso com ninguém mesmo, já não interessam. Resultados comuns e atemporais são escassez inenarrável, a líbido a frente, soltaram-nos as mãos, filhos da história, pais da história. Vale o que nunca se põe na vitrine, vou até o fim da rua, constato os contrastes, não explique o indevido, nasce e cresce, somente. Quantas regras, quanta moralidade, quanta fome, quantas guerras. Estico a ética, desaprovo a estética, não lhes devo favores, afugentam-se devido as palavras que ataco, permaneça por onde queres e adeus. Tens medo, congratulo-te, é necessário, não de tudo a toda, mas é humano. Dizem o que dizem e acabam por plágios e copias amontoadas. Eu sou a diferença. Poucos escutam ou enxergam, não sabem o que perdem, eu me perderei, leve a sério todas as ameaças, francamente,. Forneço as marcas, cure-as. Digo à ti aquilo que desejo, acordo e todo o suor se dissolve numa água que sonha ser gelo, solidez é conosco, construo as paredes. Não arrependa-se de quem tu já foi, poesia não tem intenção além de ser aquilo que será, de peito para o vento, explico a vossa práxis. Falar, falam mesmo, pretendo escrever sobre o sorriso de alguém, quando puder, até hoje, descansei, amanhã, descansarei, ó guria, sorria.

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