Supérfluo - Nicolas Santos
14/07/2019
Soneto do adeus, nenhum verso. Quiça a esperança valha a pena, mas nada por isso, logo a batalha da manhã. Consensualmente estabeleço alguma ânsia, não cheiro nada. O sonho é invisível. Eu não sei, apenas zelo pelo desejo de lhe ver. Sinto que não cuido o quanto deveria, isso me deixa sem dormir. Sol desbravador, qualquer área íngreme é empecilho, telha de barro esquenta, quem dura mesmo é a arte da cerâmica, todos nós somos passado.
Tempo que não para, é nuvem e não é mais. Dentre todos os entraves, as almas que não se lavam, dentre tudo isso, há quem limpe a mesa, quem recolhe os copos, há esperança. Vou fazer uma música, colar na tua janela, se perguntarem de quem foi, só diz que é pra ela. Ao primeiro ponto, dos prontos, tantos prantos, tantos pratos, praça é prazer, medida cautelar, assassinos da própria vida.
O apego do supérfluo.
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