O que se quer sou - Nicolas Santos

07/07/2019

Da cabine ao cabide, do telefone ao grampo, todo tempo em tempo, do cabelo que não mais cresce ao vento. Teu altar, compartilhado. Ave teu pranto, poesia liquida, água nascente que dura por todo o nosso tempo. Por toda solidão, fico, como não? Solitário. Não há importância que resida, que resista ao tempo. Nada novo, de novo, passo por Leminski, abraço qualquer Drummond, morro em Sartre, renasço em Nietzsche. Pronto, prontuário. Fica, por vontade. Por diretriz a vida é frágil, mas a tua presença, a tua presença é calmaria, não dessas que acomodam, dessas que invadem. Jaz solução, pedra de toque em pedaços, agora o místico também desola, precipício, ausência. Eu, profeta do indeciso, afirmo sem pestanejar, o que se quer sei, o que se quer sou.

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