Eterno morrer - Nicolas Santos

Prefiro um tanto assim, quando não importa-te, despedida sem adeus é suspiro, é orgasmo. Já em arte, de arte nada sabe, vá-se como quem fica, desapercebida. Sou aquele que fizeste questão de esquecer. Figurante contemporâneo, pelo erro que peco, peco no errar, errar nada é, tudo certo em pecar. Franca noção, espero, nada apresso. Gostaria que gostasse, já que não gostas, desgosto. Se acaso não encontrares zelo em mim, procure num outro quem. Quem nasceu com asas, deve receber admiração. Vocês já viram alguém eterno morrer? Quem é eterno não morre, pois deixa algo, só morre quem se apequena, quem não se farta de si, infarte. Tratemos do meio termo, o meio termo é o que gera essa infração, essa solidão. Nada à mim, oceano. Sinto por pesar, mas se nada lamento, nada te declaro, pouso nos braços de quem os abre.