Haver - Nicolas Santos

21/07/2019

Eu não tenho para quem relatar os meus pesares, peso sozinho. Nós nos machucamos. Só vivo, enquanto em ti, lembrança eu for. Agora descartas meu nome, agora o aceno é desprezo, antes algoz sábio, hoje infeliz coincidência. Trate-me como trapo, é tudo que preciso para deixar de precisar. Ao que pensa, todas as dádivas. Agora eu sou o cara malvado, aquele que não sente sua falta. Espirito verde, condecorado e reconhecido. Nada é inútil, tudo é sentença de necessidade e se necessidade, julgar não faz-se vital. Digo algo que se quer digo, paro no meio, se quer entendo, se quer prestam atenção. Qualquer animação é incoerência, ora, passo cardíaco é sol dentre nuvens. Sonolência, eu só não quero levantar. Há dias, dias como este, dias em que a beleza está no feio. Compactuo por reconhecimento. Contento-me em poder oferecer gentileza. E canta lindamente, creio que anjos tem seu timbre, anjos solitários caminham em par. O básico é complexo, diante da corte ou de pés menos limpos, ficamos de frente, de hoje em diante, desde Roma acerca de que aqui, interior. Aquela guria tem efeitos terapêuticos. Há de se compreender, falam o que anseiam, ouvem com desprezo, desprezo? Não, eu compreendo.

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