A mesma maré - Nicolas Santos
28/07/2019
Aos pedaços, logo trocado por qualquer feriado, fera que se fere, remói, tudo dói, fera que se solta, não volta. Das coisas críveis, balança qualquer peso, tudo em movimento, permanece desatento. Recito-te, poesia atravessada, dessas que perguntam a data, qualquer leve desespero, é ódio. Te gosto, te canto, morro-me de ti. A solidão é uma benção apenas para os que não foram contemplados. Desconheço, relembro, já não faz diferença, prefira quem prefiras, esqueço. Momento também mente, falsa impressão é pacto de realidade.
Nomes impronunciáveis, placas apagadas, sonhos não concretizado, ainda sim, há quem lute, no luto, na vida. Há dias que não deveriam ser dias. Faz assim, fica tranquila, fica tranquilo, estamos todos no mesmo barco, enfrentando a mesma maré. Só durmo depois que tudo dorme, mas se permaneço acordado, como tudo pode ter dormido, como poderei dormir? Estamos, contemplamos, ora, competência é individual, somos frágeis almas, esbeltas.
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