Saudade tua - Nicolas Santos

21/04/2019

Limites etimológicos, atração providencial, a diferença se faz, fazendo. Pensava eu, haver me resgatado, mero engano, lesado pelo passado, sigo esgotado. As janelas fechadas e embaçadas reforçam o perdão do cosmos, prender-se é inviável à quem nasceu livre, covardia, ora como não? Covardia. Ando com solas gastadas, como se estivesse descalço e como se estivesse descalço, passo por ai, deixando passos. Se as árvores falassem apenas escutaríamos. Se viver é apenas isto, à mim, não impressiona. O ser, subjetivo que é, deve pautar que seu discurso, é também, única e exclusivamente, subjetivo. Há no mundo genialidade suficiente para que possamos ouvi-lá, diariamente. Saudade tua, minha culpa, saudade tua, fico onde estou e nem sei como estás. Saudade sua, do interior ao planalto central. Há os que permanecem, pingo d'água é cerejeira, macieira já são outros quinhentos.

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