Misantropia - Nicolas Santos

14/04/2019

Nenhuma gota, nenhuma gota dos teus olhos, olhos de céu, olhos teus, seus, céus, nenhum olhar, nenhum olhar. Qualquer ponto, é gigante, para mal, para o bem do mal, sanguessugas, da folha de papel que se rasga ao olhar desferido na multidão. Pele pálida, sorriso desconcertante, fala desconexa, devia mudar teu nome, paz. Mas tão pouco tempo, não pode significar nada, mas o que é esse tal de tempo, se não um capricho? Das coisas que amar, aprenda com o mar, vai e volta, retorna e muda, nunca é a mesma coisa. Manifesto o desempenho, desempenho nada é, as máquinas seguem matando, os homens marchando, marchando, sem direção, com desempenho. Como esquecer? Procura-me em qualquer poema, lembre daquele dia sem comentar nada a respeito. Misantropia incomum, lugar ao centro, sol arde à todos, jogos de guerra, germinam. Os especialistas do cotidiano segmentam à quem cada ente deve se reportar, gerando um sistema opressor como todos os demais. Não pretendo quaisquer acordo, nisso, solidão é mais que individualidade, é essência em condição libertária. Que meu coração doa pouco, eu sei, eu peço.

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