Reinação - Nicolas Santos

16/09/2018

Sou nome, pronome, verbo, sujeito latino-americano. As veias abertas necessitam de heroína, menina, mulher. Atitude, telhado de pé. Quando convém é fácil, removem cirurgicamente o tempo útil, pratas e pradarias, montanha que não existe é mais fácil de imaginar, já te compraram. Todo frio na barriga, gera calor. Qualquer atenção é passo dado, todo passo dado infere benefícios e danos. Experiência é o que importa, perspectiva é pessoal. Saiba defender aquilo que propõe, caso contrário a própria metafísica lhe dará cabo. Embora estejam atrelados ao reducionismo vagal da renúncia, imperam a favor do construto imperativo, dão voz aos que lhes calam a boca. A vida é um terreno irregular e ter certeza é deveras perigoso. Consideramos a poli-filosofia, a poli-vontade, o politeísmo. Tudo aprende-se. Não expresso e talvez não seja necessário. Necessidade é intrínseca, incombatível, anestesia. De qualquer modo, sabes bem. Tristeza que pinga do corpo. Prefiro assim, o cinza azulado, o frio mal-educado, que chega, se instala e nada fala. Prefiro assim, mesmo que não saiba acordar. Destila seu ódio, sem ser visto. Ao contrário, começo nada didático, basta pensar, desagrado vem, desagrado vai, alucinação é passado-futuro. Pouco recordo e problema consolida, força metafórica. Manuseio o anseio, agora é fácil, facilidade é janela semi-aberta e que o vento seja-rei.

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