Carcaça - Nicolas Santos

02/09/2018

Em minha carcaça, toda a tristeza possível. Haja coragem, para retirar-me, haja insanidade, para abandonar-te. Haja vontade e liberdade, para as escolhas. Fico por ai, por ali, esperando algo ou alguém que movimente-me em mãos delicadas, a finura do rosto não é tom para negação, atrelaria-me. Haja visto a alucinação que me retém em nome da semana passada, processo o desconhecido e lhes dou de brinde o poder da alternativa variável. Garante-se a destruição, procurar-me nada resolve, estaremos todos desejosos ainda ao meio dia. Escolho com quem falar, porém não limito, para que escolham-me, é diversidade de raiz, vinda do sumaré até o capitólio, telefone orelhão. Amizade que esfria-se é fita em cabelo de moça, um montante destes montes, distantes, vazios, é enfeite evasivo e efusivo, é dor. Eu, sei, lá, lá, só eu sei, só, eu, sei ? Eu sei lá, só sei, eu, lá, eu, só, eu sei. Sei lá, eu sei. Tomam isto como brincadeira pueril, não que não se possa, porém, seriedade eleva o paradoxo dual casualístico ao cheiro de pinho sol. Retorçam-se, digam o que bem entenderem, o cristianismo é só mais uma ideologia. Não me molho de raios, mas de resto, sou tão resto, quanto eles.

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