Olhar-te - Nicolas Santos
26/08/2018
Inaugura-te em rosto que sabe sorrir e eu nem adormeço. Tempo indeciso, não sabe se abre ou vai, o sol aproveita, faz das suas. Pensava eu ter alguma importância, mas já provaste. Se vai. A vida não vale a pena. Ouço Caetano, mas não só, sozinho. Prefiro mesmo o ventilador fingindo que é moinho. Ser por ser, não vale a pena, da Índia as iniciativas, o planalto recorre a quem sabe pensar, manipular, planície nem questiona, haja relevo. Desde ontem o hoje é amanhã. Caso queiram entender, declaro-me indisponível, o cansaço venceu-me, velho amigo, perpétuo inimigo. Desde já, cedo, inaugura-se a crítica e a busca pela razão, dualidade é ápice, não esqueçam-se, reminiscência barata. Produtividade baixa. Permaneço, desconexo, gosto de quem posta-se e personalidade tem, sinto-me lisonjeado de conhecer tais pessoas, tais gestos.
O mesmo que solidifica, entorpece, de Londres a Budapeste, quiçá, Santa Rita, aqui o sul lava a calçada, enquanto não é verão, verão. Meus compromissos somam incoerências, logo brigo, logo é sábado, logo amanhã. Queira que não queira, querem, conscientemente. Não tenho essa ideia de que o normal seja uma doença, isso seria apenas transferir algo “negativo” de um conceito a outro. Encanta-me sem desdobramentos, a roupa mais simples, o olhar mais descuidado, capaz de cuidar, encanta-me com trejeitos e de todos os jeitos. De cima a baixo, sou espectador, palavra que sai de ti e vem à mim, é o que necessito. Palavra tua, é minha, assim como poder, olhar-te.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário