Outro texto antigo - Nicolas Santos

12/08/2018

Alavanco montanhas, pernas sentenciadas ao não querer, areia movediça, muralha inóspita, eles veem o dia nascer. Eles que vejam, eles. O dia cai da nuvem e eu nem sei teu nome, caso eu abaixar a cabeça, deixe, guerreiro que trouxe o presságio, o novo anti-cristo. Conheça-me. Façamos da palavra, oração, ao tempo, para nada, por nada. Quando venta, ela chora, mas fala demais sobre o que se quer sabe, ela fala demais e chora, ela chora demais, não só quando venta, criança. Retorno, para cada vez voltar menos. O silêncio precede o salto, concomitantemente é saudação, para quem queira, somos o cosmos. Somos cósmicos, ferida da alma, como sara? Alucinógeno é mesmice, travo os impedimentos e livre, mantenho-me. Nirvana é compreender que bela é a liberdade, principalmente a do outro. Leminskiamos as terças, hoje sexta. Logo terça, logo sexta novamente, depois sábado e depois já é junho, novas terças, até ser quarta. Aparência é a dialética do capital. Só mente quando corpo, copo cheio para ser mente, é mentira. Copo cheio para ser corpo, é água. Só corpo quando mente. Então repito para eu mesmo, aquele mantra que forjei graças a leituras de Bukowski, “style”,“style.” E se lhe chamo para conversar, é puro desespero, medo da solidão. Mais de metade de você, sou eu, sorria quando encontrava-me, agora tem alguém, desses que se quer pensam sobre o quão belo é teu nome.

Nenhum comentário:

Postar um comentário