Outono - Nicolas Santos
15/04/2018
Frustração, escrevo com teu nome.
Pois eu fujo, desse comodismo popular,
populacional, água sim, café é extravagância,
vago ao jardim que não há em casa.
Estou no deserto.
O tempo chora nestas mãos, pelos do braço prestes a se levantar, quem atira a primeira pedra, costuma ser certeiro. Tuas verdades fajutas e interesses acoplados, seus olhos pequenos e a mania de pensar que engana-me, de ti nado, afasto-me, reencontro. As vezes, sempre. Me isolo nessa escuridão de meio-dia, bocas se beijam, sem pudor, por que haveria? Nada solidifica o pobre pensamento. Teu inferno se guarda, no meu leito, sobram-te, sombras, alugue um destes ouvintes. Lamento, tu é pouco. Há de se saber o que não se sabe e quem realmente está.
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