Livrai - Nicolas Santos

18/03/2018

Amor para si, de fora, feito amora, qualquer desânimo é unânime, qualquer unanimidade, desanima. Há de se dar valor aos que depositam em nós, confiança. Tarefa infame de ambos os lados. Qualquer semana morta, nasce de vossas costas, senhorio não se obedece, quem já foi, deixa meu coração menos leve. Se possível, durmo. Expectativa de vida é desonestidade estatística. Vive-se até onde pode-se, até quando se quer. Mas não me olha assim, faz favor, tu não sabe o quão dói meu coração. Pousa em tua cena, maneira na intenção, mesmo sem nenhuma. Essa bagunça é toda minha, se quiseres mesmo entrar, repare bem na mesma. Folhas de papel, com uma pedra sobre, porém insistem em popularizar de forma vulgar a depressão. É luta diária, guerra sem armas. Nada de passagem e logo passa nadando. Paisagem é pano, desbocado em pântano, de passagem, nada, nem pano, nem piano. Soprano, orquestra. Pega o contexto, analisa. Não rotule, tudo é vida, tudo é vida. O medo de altura não impediu-me, era belo. Lá do alto, tudo pequeno, exceto o vento, vento é menino exibido, grandioso e ingênuo, sem rumo. Poder, podem, talvez não devessem, não se importam, assim a hierarquia solidifica-se, importam-se de mais, de mão em mão, tapam-lhes olhos. Olhar sereno, água contida, bandido poliglota que não sai da toca. Afeto realmente afeta, livro-me antes que seja cárcere, livro-os.

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