Belchior - Nicolas Santos

11/03/2018

A eternidade é um capricho inventado. Eles que se encontrem, sabidamente. Anti-alérgico já não basta, dê-se menos importância. O cansaço vem da burocracia mercadológica, me compram, carimbam, me vendem, ser humano. Preocupação, pré-ocupação. Toda palavra atravessada, todo não, são afrontas. Talvez não façam por querer, mas dói, nunca deixa de doer. Tenho essas perguntas que nunca sucumbem ou aditam-se, força de expressão é só maniqueísmo. Quando dói a barriga, ninguém sabe pr'onde corre. Tarde laranja, Belchior ressoa nessas canções, agradeço ao cosmos e faço o que faço. Fiz o que fiz e disso não me arrependo. Dor faz crescer. A indecência que salva, resgata. Problemas sanados frente a ansiedade jamais. Sobreviveremos de um modo ou outro, agradeço. Desce a garganta como se a rasgasse, pílula nova, sentimento passado. Fico onde estou e de pés largados, tênis rasgados. Toda rua um perigo, um carro desgovernado, um olhar apaixonado, sentido e abstração, tudo em frases desconexas, ligadas. Não ligo mais. Teus sonhos estabalhoados em minha mesa bordada, quem sonha pode ter, quem tem já parou de sonhar. E tu, sem importância em minha vida, gaba-se. Vou mais para esse ramo poético-filosófico, nuvem é travessia suicida, evocam a letargia, atendo, oras, hora em hora e nada passa, já foi.

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