Lamento - Nicolas Santos

04/03/2018

Em ti, meu coração descaberia, nenhuma memória implantada, solidifica-se frente a verdade. Iluminação artificial e demais opiniões, não peço. Planeja-te e rume ao seu maldito habitat, não encontrarás paz, imagens fidedignas lhe socaram as entranhas e eu serei seu último respiro. Toda a humanidade, não passa de um capricho do cosmos. Desapegue-te dessas carcaças e materiais, forneça algo, iremos todos para onde não se vai, quem pode responder? O rádio mantém-se vivo.
Fecho os olhos, nada dorme em quem se devora. Acima de mim, os pedaços da alucinação, franqueza me faz, sonho com não sonhar.
Afasto-me, afasto-te. Eu entendo o que está ao meu alcance, lacrimeje se quiseres, diz combater, mas é a estética em pessoa. Nada tenho com isto ou outra coisa. Lhe quero mal, não se preocupe, é apenas reciprocidade. Reduzo todos estes meandros da alma para que eu consiga um minimo de equilíbrio, conheceste para vivenciar, estamos no fim da festa.
Ó escuridão, para que serves? Sirvo-te, uso-te, enquanto a aurora não vem, ainda estou por ti. Comandemos vossas vidas, sem desculpas.

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