Orquídea - Nicolas Santos
21/01/2018
Eu imundo de problemas, lavo-me dos pés a cabeça, alma inconstante, favorável a tudo que é do devir. Sou daqui e de lá, moro em cada um. O teu problema que é só teu, vira meu, vira nosso, vira do avesso. Mas olha, veja bem, não se acanhe, gosto quando solta-se e ri descaradamente das nossas idiossincrasias, sei de menos para saber como querer. Sinto falta de lhe desejar abertamente em segredo. Pleiteio minha própria cooperação, tarefa árdua essa que nomearam, sair do colchão. Pé no chão, o gelado nos invade, dando os braços.
És insegurança, não que seja problema, depende da perspectiva, ilustro isso em poemas que tu nunca descobrirá que são para ti. Problema não há, fruto da imaginação, dor dispensável, inautêntica, platônica. Deem-se as mãos, toda união é pacto, ritual, dai vem a escolha de para qual lado. Porém, não abracem-se, isso rasga a sensibilidade. Bairro é religião, entidade social.
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