Artéria - Nicolas Santos
15/10/2017
Nada supera o desfavor da inundação que me causa, o presente não é apenas uma sequência de eventos, desencoraja-me este sol que sorri. Corto meu pescoço, os pulsos e as pernas, este ventilador não locomove-se e a distância não permite que eu faça ocorrer algo, nada ocorrerá. Despeço-me aos poucos. Alegaríamos certeza e assim poderiam nos considerar desafinados quanto a realidade variável, ora, não sou destes que procuram, encontre-me. Sobrevivemos a natureza, matando-a, como sobreviveremos? Solo é mais que mãe, eu avanço no sentido contrário, ramifico a desavença. Perto, muito perto de ausentar-me, francamente. Agora o vento nos inventa, eu redento o mar, o amar não, amor não. Convicção nada faz.
Nada melhor que o tempo para matar o tempo, os opositores são mais fiéis que os dizem lado a lado, calma sempre é melhor que aquilo. Nem todo homem é um artista mas todo artista é apenas um homem.
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