Desconheço - Nicolas Santos
22/10/2017
Troco-te por qualquer pensamento evasivo e tudo permanece igual. Quem vive, sabe bem o que não faz, quem não faz. Só se vai, quem nada fica. Seriedade não passa da porta, pegue sua máscara infeliz e tape o rosto. Eu descubro, me aprofundo, me corto. Agora diga, quem é cópia?
Há quem prefira o cabresto. Eu não, disso já me livrei.
Ninguém me manda, ninguém te manda, você se manda, não volta.
Tropeça-te, nas minhas pernas. Olha só, não olha. Eu acabo de começar o dia, esses não terminam, jamais. Minha cabeça cai, não medico-me. Febre semi-crônica, combato a tontura habitual, mantendo-me em pé. Não me assemelho com os demais, despretensão ou pretensão, demais, demais.
Um fio do meu próprio cabelo, preso em minha mão, levei-o até a janela e joguei.
É isso, nos livramos com maior facilidade do que é nosso.
Não tema, creia no que bem entende, só entenda. A fraternidade dos corpos estendidos é sublime, salve-se quem puder. Eu sigo o incerto. Já conheci gente demais, desconheci na mesma medida.
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