Para quem não tem como - Nicolas Santos

03/09/2017

Fica, faz minha febre passar, estes teus olhos semi-francos. Verdes, castanhos, tanto faz, olho mais sua boca do que meus pés. A indecência libertará a todos nós. Atirar na própria orelha, pular do décimo oitavo andar, afogar-se na pia, desatar o banco com a corda no pescoço, cortar-se, apaixonar-se. Alego inocência por toda a culpa que carrego e divago, meu cansaço é físico, sentimental. Os homens se desmoronam na pureza do egoísmo. Não minta, isso é desnecessário, isso é desnecessário, reconheço apenas o que desejo e odeio diversos, errado ou não, costumo odiar. Buracos da alma. Não me acorde, farei o mesmo por ti. Infecção é não concretizar o mais simples que nos pareça, disse que viria. Não há de quê, não veio, disse o que quis e eu sem nada, por ai. Deixe-me bem com essa tristeza, essa maldita e atormentadora, tristeza. O que seria o amor ? Apoiar-se de forma cega até o desperte para tudo, tudo que se parecia ignorar em troca de favores emocionais? Poderia aqui, fazer disso mais um motivo, não saberia bem qual, francamente, quero escrever, quero dormir, quero muito dormir. Preciso que alguém quebre meu coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário