Ameaçaram-me com uma cela, quebrei-a.
Com mordaças, rasguei-as.
Ameaçaram-me com dores inumanas, sou demônio.
Ameaçaram-me com o céu, cético.
Desencontro, casualidade pontual. Sem óculos sou o mais cego dos seres vivos e ainda teimo de forçar a vista, ela passa, acompanhada, refaço. És melhor ao natural, tanto faz o que usa. Desde a eternidade, estamos descalços sobre a ignorância. És melhor, quando o sol desvia tua boca.
Cresce teu sono, tua angústia.
Minha dor, incurável, incansável.
Face a face, branda tua cara no travesseiro, no meu peito.
Mentira tua, mentira minha, eles todos, um caos mais ou menos organizado, elas todas, sobrancelhas ao chão. Quem nada vê, oceano fica.
É isso, vou me despedindo.
Para quem sabe que isso é uma despedida e o porquê.
É isso, quando terminar, quero o verde.
Me despeço aos poucos.
Só não esqueça, eu já esqueci, não foi assim tão difícil, tanto que me lembro com facilidade. Por vez, nem o tempo, nem a cidade, saudade.
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