Então eu fixo o olhar em qualquer pedaço de parede, chão, qualquer coisa e mergulho nas minhas profundezas para resgatar o irresgatável.
Primeiro, raio,
depois,
trovão.
Eu acredito que estar e ter um tempo para si é devido, mas afogar-se em teu próprio mar, quando podes recorrer aos demais, é egoísmo. Ninguém quer te mudar, ninguém pode te mudar, nisso tens razão, mas a disposição pode ser um fator para que novos olhares sejam efetuados. Saudade de verdade faz rangerem-se os dentes, minha gengiva sangra, há de se querer bem o que se quer, fora disto, é só casualidade caótica. Terra em estado líquido, pureza da poça, reflexo se vê. Acaso o ponto for molhar-se, sou favorável, arquiteto o imprevisto, o diagnóstico. O charme da solidão é só dor, dor no coração.
Me chame para conversar, cure essa minha tristeza de fevereiro. A vida, é, só isto e ponto. Insistem em fazer parte, logo esquecem, porém isso não os basta, tornam-se unha encravada, maldição híbrida e o inferno à quatro. Um peso sai, outro se põe, desconheço o descanso, apenas o descaso. Façamos assim, não lide, lute e mantenha o pés na terra. Meus olhos cansados despedem-se de tudo que atrasa a vontade, o inexorável desejo não se decompõe. Fitam, até pode ser, nada dizem, prazer.
O poeta é um aproveitador.
Fale de lado, como se quisesse fugir ou encantar,
toda sedução deste mundo em seus traços e laços.
Olha, guria, deixe-me ser quem sou.
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