Sun - Nicolas Santos

06/08/2017

Sempre isto, as mesmas declarações, as mesmas faces e projeções, a mesmice aniquila o subjetivo, desanima o motivado e atraca instintos. Aqui, sem vínculos, chamem de amarras ou aquilo que desejarem, sem vínculos, o ser está onde deseja, corpos frequentam o cotidiano reduzido. Dos pesares, pesam as comparações, antigamente vive atualmente, abraços e traços de um rosto que ainda aprende a sorrir, sinceridade resta. Se preferires o contato por delongas inúteis, estarei apostos, combatente que se restringe ao jamais, possessão leva os homens ao mar da rua. Vença quem vencer, todos já perdemos, deem-nos as batatas. É isso, foi sempre, escorre de mãos inescrupulosas, a terra média retorna e os carrascos pensam deter a razão, desmitificam a utopia. Digam o que lhes for necessário, essa é a significação, som alto, voz inaudível. O mundo é um lugar desamistoso, corram, eu não me importo. Tanto tempo e faz, tanto nada e fez. Fixaste os olhos no desumano, tornou-se essa alegoria. Agora mudas como quem muda de endereço. Eu fico. Já não me lamento por posturas alheias, eu vejo o sol nascer de uma cama desorganizada, a culpa é um meio inconsequente de ser irresponsável. E eu que não tenho sono, procuro dormir para curar a ressaca de estar bem disposto, resulte no que resultar, já estou na história. Aqui ninguém me conhece, para que conhecer ? Desbravar a alma humana é tarefa que não se faz por sã consciência. Amor, nada para nada. Não procuro, sou aquele cara no fundo da sala.

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