Descanso interno - Nicolas Santos

05/03/2017

Eu fico, nada trafega entre tais rios e riachos, a sensação descreve o poder infindável da palavra, a nobreza do homem está na memória. Sorria de lado, como gostas, de cabelo molhado frente aos métodos particulares e semi-rituais, o chão treme, daqui de longe, nada de amor. A civilização destruiu a humanidade, fica por onde desejas. Ponto final é alegria nada imperativa, sabes que o capital te servirá cabeças. Logo a tua, logo a lua, torço para as nuvens caírem em gotas, imagine o entusiasmo de quem obtém o que quer, fique e sem mentir, razão nossa. Eu nado, na tua, nada. Alimentam a indiferença e que ela faça o que deseja, livres por e em demasia, nada ameniza a dor da dor, eu sei. A enganação se mostra útil aos fúteis, mobilizaram-se frente ao palácio da ganância, lamentavelmente a humanidade não se lamenta por isso. Há sinceridade. Remover o egocentrismo da condição humana, semi-estruturamo-nos para essa tarefa, mas a consciência que discerne parece escassa e não aceita. Inflam em discursos, tento não olhar, olha quem deseja, quem quer. Minha oratória dispõe-se aos que decidem se atentar ao poder da palavra. Não contento-me, por que contentaria-me? Tudo que é esfregado na face desses, é muito pouco, a importância advém da subjetividade e apenas. Dou-te todos os direitos desse mundo, menos o que vela de expressar-me, agir. Todos, menos o direito de oprimir. Desde que tornaram-o algo. Visarei o descanso interno.

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