Ainda preciso de ti - Nicolas Santos

12/03/2017

Comece a disferir teus golpes, coração amortece impacto do que é pontiagudo em brincadeiras ou não, sei que logo vagará como todos fizeram. Carregam a ignorância, essa não é fardo, pois se quer dão-se conta deste peso sobre as próprias costas. Por excelência, recluso em si, mesmo. Afastam-se nesse gesto que conheço tão bem e pouco compreendo, evita-me e eu desabo, são tantos olhos e pessoas que pedirei teu abraço. Isso não explica-se por si só, nem deveria, explico teu sonho e te alimento quando triste está, não faça isso, eu ainda preciso de você. Já perdi-te tantas vezes que não mais sei ao certo o que é por si, certo, se quiseres, eu deixo, magoarei-me profundamente, mas permito-te. Permita-me, responderá só quem dedicar-se a isso, admiro o devaneio. Hoje pela manhã, faltou-me ar, de tão mal, tive que buscá-lo por ai. Venha como vem um daqueles animais, deposite sua hipocrisia onde bem entenderes, só quem quer, carrega-lhe nos braços, aconteça o que medir. Seremos nós, o encanto encerraste-se, assim, hoje. Como quem realmente encontra-se com o que és próximo, fiquei decepcionado, oras, é comum. Logo junto essas conjunturas e dos meus braços, as gotas vermelhas, logo será tão tarde que o cedo se dará no pretérito, foco-me em não ter. A democracia é derrotada todos os dias, nesses epicentros ego-pensantes que lapidam e encorajam a forma descarada da regressão social.

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