Juventude - Nicolas Santos

08/01/2017

Que ganância, deve ser advinda da inveja. Os homens constroem e destroem, nadam. Ainda não perceberão que esse cantinho, é dos passarinhos.
Abracei-te o braço, com minhas duas mãos a fechar, gesto de quem quer ter. Tudo em minha mente tornou-se quieto e eu pude ouvir seu coração. Tens certa ideia, não deixe que a semana acabe, ameaço a própria insanidade com recursos diversos, tristeza com aquilo que vestes. Sua substituição é descabida, mas todos tem o real sentido daquilo que fazem, já digo logo, inconsciente é mentira, assuma-te criança. Não aconselho, alargo a consciência e parto embora, fração é o que desejamos, mas o que nos vale mais, é o poema, poema cai do concreto. Sustento-me por força própria, reconheça. Ora, nunca foi tão fácil voltar atrás, diga. Sua fraqueza está nos gracejos irrelevantes e tímidos. Não saberás quando falo da minha própria pessoa, de ti, outra qualquer, jamais identifico, é descabido e negável, viro a noite, feito gaiato. Parafraseiam e namoram a lucidez, cria-te e não culpe o acaso por suas desvirtudes, a cobrança é indevida e eu não sairei do meu lugar. Minha cabeça flutua neste mar de dor, culpa da ocasião e dos pontos que se desenrolaram na fauna aflita, chamada humanidade. Céu alaranjado. Mas culpa é desculpa, não tente animar-me com esses tons mentirosos, acaba quando a semana começa, pensei que já havíamos nos superado.

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