Neruda - Nicolas Santos

20/03/2016

Somos dois que nem dois são, um a menos e tudo fará certas provocações deslizarem a tona do processo. Agora e nunca por esse amor que nada é. Teus problemas em um momento inoportuno, hoje a face sangra, amanhã quem dera, costuro entre nuvens esverdeadas o legado da solidão. Isso arrancará minha alma. Conheço todos os meios e foras dessa solução que arranjas, seu escudo reluz em posse destes olhos, criança assustada tentando desbancar-nos. Quem não consegue, está fadado ao comum, promessa não é mais divida, é milagre de prontidão. Nos becos o amor há um passo e alguns centavos. E se nascemos para isso, caberá apenas a nós mesmos dizer, digamos que a travessia não compete com outros elementos. Flutuantemente vazios. Quando a noticia chega e de sobre aviso, a noite, sua companhia estará nos latifúndios irreais, uma pedra à mim, todas para ele, vencedor. Sem norte ou coisa do gênero, prestes a escavar a inanição que é estar longe, mas longe sempre estive, paradoxo por alma e todo o resto. Por ti, guria, citarei Neruda. “E desde então, sou porque tu és. E desde então és." Sorriso não se cobra. Agora tão menos do que agora pouco, esvai em um limiar subjetivo, padece com essa pele e cabelo, eu mantenho-me, vivendo com peso. Decorei sem vantagem, preso a isso eu jamais durmo, dormi ontem por quase todo o tempo de sonho, sonhar eu não sonho, preso a isso. Nem agora ou depois, prometo com sombras inundadas de fiascos, eu desejo o resto da vida para esta noite, nomeio a pressa para paz. E como tantas outras, não vai saber, como todas essas poças na cidade, plural, singular, chuva que não molha, arco-iris que vigora na cidade. Combato essa flamula e planejo ardentemente. Sua vontade de aprovação no limbo selvagem, estrelas por um salário no fim do mês. Olha aqui, desde já, olha aqui, sou menos do que a soma daqueles que não frequentam-nos, objetividade me escapa dos braços. Sei bem, não gosto de nada que comensuram em platina ou semeaduras frágeis. Esta musica sabe melhor, menos do que ela, do que ele, sobre isso que desatualizo. Se voltas é porque queres, quem quer, faz o seu próprio discurso, desconjuras acima da lei. Este pedaço em qualquer passo esbranquiçado, geladeira funciona bem até morrer, que coincidência deselegante. Morrer pela manhã é ensino para o resto da tarde, quem faz o que quer ?

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