Aleatório - Lys Sales

19/02/2013

Permito-me a recusar ouvir combinações de palavras ruins. Já me machuquei demais, talvez nem devesse continuar aguentando, mas o que fazer quando se é alvo de algo que ama? Talvez seja essa a única explicação, o único motivo de eu ainda estar presa aqui e ao mesmo tempo que eu quero desaparecer, quero estar cada vez mais perto, por mais tempo. Confuso, provavelmente insano, mas jamais ouvi alguém dizer que viver seria fácil. O tempo das brincadeiras de criança não vai voltar, as primeiras equações ainda aparecem vez ou outra, mas no final, o que resta não é produto nem razão, é apenas incoerência. Você espera que seus passos sejam acompanhados, mas eles estão longes de serem assistidos. Sua voz não vale mais tanto, você pode se preparar para um belo discurso mas ninguém garante que você terá vez de falar. Eu tinha guardado algumas coisas boas para contar ao final do dia, só que de repente elas se perderam no seu decorrer, tem sido assim, até que me faltem palavras e sobrem lágrimas. Não, isso não é ruim, me acostumei a tê-las comigo toda noite, elas são o único alguém que sempre está ao meu lado. A música que tocava enquanto eu colocava essas palavras para fora dizia assim: Não quero pegar no sono, porque eu não sei se irei acordar; Não quero causar uma cena, mas eu morreria sem o seu amor; Em meus sonhos eu começo a ouvir sua voz e espero que você diga que me ama também; Porque eu prefiro apenas ficar sozinho, do que saber que eu não posso ter você.

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