Fragmentos - Nicolas Santos

14/10/2012

E tudo que sobrou, foi um aceno para a chegada e outro para a partida, isso é diário, torturante, necessário, nosso. Só não há porque dizer que um dia eu fui capaz de te amar, seria uma completa insanidade, comemorar o passado. Mas demora-se uma eternidade quase toda, para deixar de lado e não há como repor a enorme falta que alguns dias vão fazer, pois toda voz que chega à mim, traz o espanto do desconhecido e um conjunto de solidões, pareadas e sincronizadas. Soube eu, que você experimentou da solidão e não gostou, isso é de se estranhar, já que foi o que escolhestes, uma não paixão a cada dia. Não há porque quebrar-se, por um momento de tranquilidade, paremos com os conselhos que jamais serão seguidos. Só que por favor, não envolva coisas sobrenaturais e mitos, na minha vida, não sabes pelo que passo, tudo por nada. Não há porque insistir nisso, de tentar me convencer, não sou bom para lidar contigo e suas emoções que vivo ferindo, isso é mais do que um soco no estomago, só que não era pra você me deixar, irei guardar a sua voz e esse tempo cinza que mostra a todos nossa cegueira eterna e passageira. Guarde a minha paranoia e todas essas olheiras, você está bem.

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