Texto feio - Nicolas Santos

09/07/2012

Minha mente fértil, precisava e ainda precisa de um tempo. Um tempo a sós, onde o sós se torna nós, mudança de uma letra, sem problemas gramaticais, sem problemas, onde a grama verde, se torna incolor e quebra os paradigmas azulados e estrelados, reprimiremos a mente dos que ainda pensam em amores calculados. Morremos calando-os em fotografias sonhadas e ventiladas em uma parede qualquer, que vive a tomar sol, que vive reproduzindo sombras e barulhos agradáveis. Uma parede imaginária, de uma mente que mente, mentiras, mentiras. Vivemos e iremos a elas, acreditamos nelas, nelas, elas, janelas. Tudo que somos, em noites. Tudo que queríamos ser quando jovens, que deixariam o cabelo crescer, assim como a barba, jovens que mudariam o mundo juntos, o juntos se foi, o cabelo e a barba, continuam a crescer, já o mundo, bom o mundo ainda gira, gira, gira e para, para em tardes de junho, por culpa de imagens imagináveis, de respostas não dadas, que causam conflitos de neurônios, transmissões cerebrais, que pensam que os amigos, estão indo embora, embora os amigos não foram. Os amores, talvez, sim, os amores e amoras, dos beijos gelados e intimidados, dos beijos. Dos sonhos, embora a minha fértil, não esteja lúcida hoje, ela chega a uma certeza, quem aperta o botão da máquina, jamais sai na fotografia.

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