Motivo - Nicolas Santos

14/06/2020

Eu não lhe culpo, eu não lhe culpo nem por uma vírgula se quer, e não lhe culparei caso realmente queira ir embora. Caso quiser, há de doer, mas hei de guardar, guardarei, tudo que ainda é bom, as lembranças, o sorriso, seu cheiro, seu cabelo molhado. A saudade é imensa, as vezes abissal, as vezes amiga, as vezes faz mal, a saudade fica, perambula, perturba, diz que vai, a saudade ocupa seu lugar, sei que sou eu quem quis assim, de certa forma, mas olha só, olha agora, ainda gargalha com quem pode e se pode, por que não gargalhar? Mas nunca diga que eu não te amei, nunca diga que não ligo, se tu pedir, eu fico, mesmo que vá. Só não se esquece, foi bonito, e que eu só escrevo poesias porque te conheci.

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