Eu não sei te ler - Nicolas Santos

02/06/2019

Pecado porque esperas, quem luta, degenera, o passado é som, o presente um dom. Em São Paulo, nada vale, todos se poluem. Compacto, diante deste estado, minimo, múltiplo, comum? Por falar em arte, não falemos de arte, a arte por si, berra, não há descanso, mesmo quando bocejas. O pensamento em si, já evoca o ser, graças ao ser é que evoca-se o pensamento. Nada como antes, tudo igual sempre. Anuncio franco, despedida total, fico nisto, pouco recuo. Outro equivoco febril. Talvez nada registre maior calor, talvez suas mãos que deslizam, deslizam feito água no rosto, das tuas mãos que água são, sede, da minha. Não acredito no amor romântico, tampouco em derivados, porém pratico a fé da tua presença, delicadeza nas mãos, cabelos nos ombros. Guria. Não mais carrego pedras, são costas deveras cansadas. Mantém o status quo, fica assim, nada visualiza, eu não sei te ler. A maldade humana desloca monstros, há por todos os lados, malditos, insanos, desconhecedores da beleza da serenidade.

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