Torpe, torpedo - Nicolas Santos

03/03/2019

Tragam novamente a neblina da manhã e o cinza que sabe dobrar-se. Cuidamo-nos e disso não se remove valor, odor e nada semelhante, é nirvana disfarçado. Buracos d'alma. Tua carência se encosta em escombros, coopera com qualquer frustração congruente. Além do que, nada posso querer, vontade tua, liberdade. Desbrava essa intimidade, eu com olhos úmidos, anuncio, de Praga a Roma, rimo sem rumo. O individualismo é um mal coletivo.


Tudo que escrevo, é horrível, eu não me leio, prefiro os que tinham a indecência de se auto-congratular. Por fim, afirmam, os que firmam, já se foram, aos que foram e não viram, verão que afirmei, sem pressa, renda liquefeita, desfeita. Tua cena não mais convence, não mais comove, são cachos lisos, motivos torpes, torpedos.

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