Mais um sem nome - Nicolas Santos

13/01/2019

Chegaste no meu plano, esse metafísico, complexo. Dramaturgo, poeta, representa sem festa, lamúria anárquica, sonho advindo. Dramaturgo, poeta, velho sem mar. Ao ponto de não querer saber, caminhos que cruzam-se são indissociáveis. Diga que não quer, ao invés de iludir com não poder. Chá de jardim, tardes sem fim. Olhos febris que arrancam minha pele, dormir já é feito a ser comemorado. Desabo nisto e por isto. Ora, não repare o silêncio produzido por nossas desconversas, é o que espero. Desconhecer é arte inócua, valiosa e vaidosa, mantemo-nos a base do que conseguimos, elas dizem, eles ditam, nós sorrimos. Quando estou sozinho, quem é que faz barulho? Cai-me o mundo nas costas, essa segue, estática, intransponível. E esta arma branca, rasga o peito, rasga a alma, sobra-me falar dela, sobra-me, silenciar. Mensagem antiga é nó jamais desfeito. Apareça para a ajuda, mas se não sabes que preciso, como poderia ajudar ? Não saber, não saber já é um ótimo motivo para aparecer.

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