Sábado - Nicolas Santos

09/12/2018

Sempre assim, sempre até agora, antes não era sempre, mesmo que pudesse ser, só está sendo e só estar sendo, também já é. Já foi. Não sou destes que apenas estancam de forma passageira e febril o tédio, procure outros, outras, procure-se. Distorce-se o já distorcido, isso equilibra? Como saber? Apenas manuseio a máquina de escrever. Atitude vindoura, reflexo da significação, montante decisivo não sabe porquê é, apenas é, fazer história, anarquia a tradição. Necessidade de invencionice é problema pessoal, disso não faço nada, digo para nada me dizerem. Parta d'onde não se parte, a comodidade do comum já não preenche, já não atenta. Movimento-me lentamente, resistência por si só, acaba. Ouvi dizer o que gostariam de ter dito, agora só dizem, não mais fazem, não querem. Abraços desmedidos, ocasiões remotas. Mas é sempre o que nada foi, sempre anuncia-se de manhã, acaba a noite. Sempre, já não sei se é dor ou apenas saudade. Abra teus olhos. O sol estende-se e põe fim a qualquer sentença audaciosa do frio, sou de longe, do interior, já fincaste os pés onde permanecerá, passe bem. Fico adivinhando o que dirão, acerto em sua grande maioria, pegar-te-ei pela mão, para trazê-la junto de meu peito.

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