Frente fria - Nicolas Santos

29/04/2018

Alucinação barata é dor incessante enquanto o sono não vem, tristeza é estar nisto e ouvir apenas o vento, voz humana desconheço, por hoje. Sem certeza, filhos de urubus, plantas crescidas, minhas convicções são deveras importante em relação a suas opiniões, flor não fala, flor. Professo o que vejo, acima disso é forçação, gosto do que diz e como diz, frente fria, alegria contida, alegria tua. Luta inquietante, diária, desde as cinco até vocês. Que acabe melhor pra ti do que foi para mim. Cansaço definiria, mas nada é, tudo pode ser. Ao invés disso, todo o resto, conexão é expandir-se continuamente, ser congruente, dispensar a dialética generalista, imperativa. É deixar. Falta-nos poesia, mesmo que nunca juntos, já ofereci-me demais, para quem não ficará, risco total. Arte é arte, cinema é cinema. Estamos todos mortos, poetas sem sociedade. Querem a razão a todo preço e sabemos que atualmente tudo se compra, então compram, pobres idealistas que não vêem ou não querem ver, matam. Voz é aplauso em casa de show fechada, calma é aplauso. Silêncio também, apenas não se ouve, desconfiança, aplauso duplo, sorrir é isso.
Ao prédio que só queria ser casa, não sabes da sua grandeza, não sabes da sua grandeza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário