Dublin - Nicolas Santos

12/11/2017

Tua ganância enrijece sua musculatura, postura de quem pretende a “classe.” Não sou disso, me aprofundo e afundo nas minhas próprias frases. Nem “oi”. Nem, “tchau.” “Agora”, sou atemporal. Morra, morra, morra, morra. Diante da flor ou da nuvem. O sol, não vele o sono da criança. Deixe-nos na lama. Eu sou revolta, porque quero ser. Assim não há motivo, questione o que desejas, os insetos roem os roedores, não me importo. O fracasso lhes doerá mais. Minha cama se molhou de chuva, se molhou de vida. Esse é o preço por deixar a janela aberta, talvez eu pegue um resfriado ou seja agradável. Talvez, talvez, talvez. A verdade à tona, defende-se quem honra tua própria história. Lamentam, olha o teu sono, teu sonho. Guardo a imagem da tua natureza. Origem, ironia, de par em par, agora nem tanto, estou por ai. Acalmam-se os ânimos, nem dia, nem o que há de ser classificado. Da penumbra viemos e a ela retornamos quando o retrógrado impõe-se. A única estrela do céu, lembra que é maior que tudo que há em mim, mas se tudo que há em mim também é maior do que há em cada, estanco-te.

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