Salvo - Nicolas Santos

Eu sei, você não sabe.

Mas experimentei do teu abraço e gostei, gostei da tua crise de riso sem sentido, quando perto de mim, gostei do fato de rir das minhas mancadas, dos meus tropeços, enfim, do meu jeito desastrado de ser. Gostei, não caminhei do teu lado, os caminhos não são os mesmos, mas te procurei onde pudia e até onde não queria, fui atrás e não achei nada.

Perguntei de ti, pensei em ti, respirei por ti e duas horas depois, morri por ti, tu não sabe, mas me reergui e recomecei a procura, calma, dessa vez ela vai demorar um pouco mais para ser executada. Qualquer erro de projeto, efetuarei o meu plano de despejo, te deslocarei do meu coração até a minha mente, lá matarei o pouco que ando sentindo por ti. E isso se tornou fácil com o passar do tempo, aprendi.

Antes eu cuidava, amava, era uma ótima pessoa, mas esse meu eu, cometeu suicídio em uma quarta-feira, logo após o futebol, então nasceu um outro, um que se contenta em ouvir um bom rock n roll e ver as pessoas rastejando e morrendo por amores impossíveis.

Que drama, que drama, eu estou fazendo isso agora, não diria morrendo por um amor impossível, mas já é uma quase agonia de um quase sentimento, de um dia que quase foi bom, deveria ter pedido teu e-mail ou telefone, fiquei só com um sorriso na mente, tudo bem, esse foi só mais um delírio em um sábado.

“Ainda pode me salvar, se eu não conseguir.”