Para quem quiser - Nicolas Santos

18/11/2018

Acerca do silêncio que Dostoiévski pronunciará, a maior tragédia é que tu não saberás, não saberás da calma tempestiva que transmites, ora, sinto tanto que inerte torno-me, sinto muito. Do cabelo que anuncia como solução ao pão que mastigo sozinho. Não seria algo adequado, mas as palavras fora de cogitação, são escritas, uma última carta, uma ultima tentativa. As sensações insensíveis, as almas invisíveis, as solidões acompanhadas, os sertões alagados, o desaforo sossegado, o incontável medo dos corajosos. Te afastam de mim, logo não sou flor que se cheire, sem titubear forçam-me a não falar contigo, falo tanto que nem entendo, isso é para quem quiser.

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