O mesmo rio - Nicolas Santos

17/12/2017

Tenho pensado muito com e sobre as pessoas, e os devaneios inconclusivos a que chego como tudo mais, são feito luz, dessas que cortam-nos de fora a fora, simplicidade magoa, simplicidade é sandália já gasta num pé recém recebido, não importam-se e logo maquinam qualquer anseio para que os dignos sejam os que comem lixo, aliás dignidade é um discurso, quem merece o quê? Não há o saber, devir é eternidade, insistem em finalizar-se e logo apregoar sentido aos terceiros, segundos, quartos, quintos, do inferno, voz inaudível é ouvida já que o sistema tem olhado-nos de forma interina e interrupta, invisivelmente, invisíveis somos todos, prestes ao sonho que é estar acordado, vida é complexidade, dualidade, dialética.

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