Decoração - Nicolas Santos

26/03/2017

Somos os filhos bastardos da solidão. Praticantes de religião alguma, filhotes selvagens, prestes a devorar expectativas e corações puros. Utilizamo-nos da práxis assertiva, não se utilizam de nós, sabe-se o que pretende, fico onde não devo, pura transcendência figurativa. A docilização prossegue e o olhar panóptico dos que encontram-se no topo da torre, não se distorce, é repressão atrás de repressão, além. Estancam a ferida com uma depressão segregadora, eu atrevo-me a indispor com quaisquer destes sistemas, desde que não suguem a minha alma. Fico por aqui mesmo, ondas sonoras e o apelo vagal da lua, eu tramito da forma convicta, fica por aqui mesmo, ondas sonoras a todos nós. Adeus a quem acata. Sou uma confusão semi-inanimada, desastre oral e astral, físico fraco e em decomposição, recebo de ti a sentença, morte ó morte, admiro-te. Fiquem onde estão, não me procurem, já fui encontrado, perto da indigência, todo santo é rei. Fique onde está, decoro teu abandono.

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